A ILHA AFORTUNADA
Achei uma pequena ilha no mapa
Para a qual naveguei correndo o dedo.
Jamais ouvi seu nome, embora ledo,
E toda a sua história ora me escapa.
Tomei-lhe, porém, facto feito um tapa:
À imaginária viagem dei enredo,
Onde se me insinuava desde cedo
A aventura d’um verso à contracapa...
Aquela ilha não me dizia nada,
Além do ser ilha que, afortunada,
Viagem-enredo tem para partilha.
Sem embargo, que embarque já para a ilha
-- Visto que antes ignota e agora achada --
Quem buscar o mistério e a maravilha.
Belo Horizonte – 27 05 2001
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.