A Oeste segue-me deleitosa
e vigilante
a vida transbordando de assédios
segurando a tirania do tempo
que me vence,veloz
devastando qualquer rota
onde caminho inseguro
rumo à eternidade
em trilhas magnificas
de silêncios evocados num lamento
que nem mais me conforta
– A Sul perdi-me vigilante
de mim
inconformado, transgredindo
tuas alegrias que deixaste
em cacos
repentinamente arrumadas
no ócio do tempo
afligidas neste descanso
que embala a morte
no amor que desperta
tão infalível a Norte
– Era a fome do tempo
quebrantado
temido desde o dia
em que te fiz a corte
esfomeado,latindo intempestivamente
por juras
bem-aventuradas
consolando-me inexoravelmente
de versos vitoriosos
que deixei guardados
no refúgio intemporal onde
alíviamos a fé com palavras
confinadas ao amor que nos consome
assim…abruptamente
– Ouve minhas súplicas
enquando nos contentamos
sôfregos à luz
de mil sois emoldurados
na impaciência que desperta
meus desejos dramáticos
colorindo, os tempos
os dias
as euforias
que teimam celebrar ainda
com alegria virtuosa
a cadência repetitiva das tuas
geniais gargalhadas
minha progenitora que agora
despertas pra mim absoluta
atropelando-me de vida mais frondosa
quando nos resgatarmos
uma vez para sempre…sem mais litígios
nem impossíveis
apenas, tu e eu explodindo
numa rima de vida feliz e estrondosa
FC