vomitei a dor da impotência castiguei minh'alma sobre a vontade de fazer sem poder
frustrei-me diante da vida na flagrância da minha ignorância
não gozei da liberdade fingida e esgotada pestanejei diante da impotência chorei pelas correntes impostas bravejei diante do mundo
e tudo q sobrou foi a vergonha e a caridade de quem esteve do meu lado meu egoísmo me mostrou que nada posso e nada poderei
o tempo passar e me arrasto migalhas são jogadas mendigo um pouco de qualquer coisa
e tudo que restou foram cacos pedaços de um coração choro de criança ecos de solidão
por mais absurdo que pareça a composição não veio foi sugerida e me enganou pela escolha que cravou meu corpo perante a cruz.
Sua loucura inconstante revela quem tu és a todo instante, dia e noite frio e calor
o vício revela a realidade e aí lá vamos nós outra vez. a mesma história a fuga e o desespero a covardia e o preconceito
os cabelos caem e os olhos não veem que a idade massacra e a solidão chega
é tudo a mesma coisa a insatisfação e o desalento as lamentações pelo gueto e ela aparece sorreteiramente chamando com um olhar macabro e sedutor, o último suspiro
a loucura gera tudo que você gostaria de dizer e fazer e que tudo levará apenas a um único fim o fracasso.
diante da dimensão social que nos rodeia na cidadela magra dos sonhos e tudo é um magnífico pesadelo
que um dia deixei de sonhar para viver e encarar a vida dentro da loucura que finjo acreditar
e então acordo e bebo do mel que foi deixado à minha porta fingindo crer que a tudo é belo para fingir que sou feliz
estou insano, concordo com sua razão estou perdido, concordo com sua conclusão estou no mesmo lugar que você deixou guardado pra mim no seu coração.