Ah, “Cataratas Vitória”!
Tu testemunhas de forma bem repleta,
Que a Natureza é a artista mais completa!
As Cataratas Vitória
Ouve-se um som forte, poético, melodioso...
Que penetra em nós, sem de nós querer mais saír;
Movimenta-se o olhar ávido...ansioso...
A tentar descobrir se é algum dom misterioso,
Ou se é a fértil imaginação a brincar, a traír...
E sem querer se começa lentamente a caminhar,
Como que atraído por aquela maviosa cantoria;
E sente-se mais forte aquele melódico borbotar;
E quere-se logo logo e mais depressa lá chegar,
Para se conhecer a fonte de tão bela melodia;
As “Cataratas Vitória”! Que deslumbramento!
Um lesto lençol de água lança-se gigantesco,
Num grandioso espectáculo de raro encantamento;
É um portentoso jacto em frenético movimento,
A dar vida a um quadro singular e pitoresco;
Uma exótica nuvem de brancura transparente,
Envolve continuamente a paisagem circundante;
E tudo em redor cai em êxtase permanente,
Ao som rítmico e sonoroso da plácida corrente,
Ao transformar-se no intrépido jacto tão possante;
São imensamente belas as “Cataratas Vitória”!
Tão belas que os seus sons são melódicos cantos,
Que se reterão para sempre na memória,
De todos os que puderam ter a glória,
De se render aos seus magnânimos encantos...
Ah, “Cataratas Vitória”!
Tu testemunhas de forma bem repleta,
Que a Natureza é a artista mais completa!
(Feito em Victoria Falls, região do Zimbabwe onde se encontram as famosas “Cataratas Vitória”, em Junho de 1989.)