Poemas : 

chagas abertas

 
chagas abertas
 
As águas rolam face abaixo,
Dois rios que correm em paralelo,
Por um querer que não tem fim.
E ao fim de mais um dia,
A chaga aberta pela tua ausência,
Bebe o sereno da noite e arde.
Ouço os gritos do meu íntimo,
Que divaga à tua procura,
E rompe com a lucidez que me garante.
E a acidez do teu colo ausente,
Arde mais uma vez minhas feridas.
Então estendo uns versos doridos
E encolho meus dedos em resignação,
Como que pedindo teu perdão
Por sentir tanto a tua falta,
Manchando o papel com sangue,
Que é a tinta do meu coração,
Quebrantado pela secura do teu,
Que negou-me o paraíso,
E fez-me só outra vez.

 
Autor
arturmacedo73
 
Texto
Data
Leituras
616
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
13 pontos
3
1
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/05/2015 02:16  Atualizado: 22/05/2015 02:16
 Re: chagas abertas
Esse curso de rio tbm rola em minha face, que poema mais lindo, que sentido grande, que dor angustiante quando a ausência se faz, sabe a imagem diz tudo, é forte, precisa e unica, li e senti.



bjo de sua sempre fã


Enviado por Tópico
NilCortes
Publicado: 22/05/2015 19:15  Atualizado: 22/05/2015 19:15
Muito Participativo
Usuário desde: 27/02/2013
Localidade: Brasil
Mensagens: 63
 Re: chagas abertas
Essas coisas que se vertem do amor e paixão de repente foram ribeirão. Um bom poema. Abraço