nos lábios sedentos
dos amores que tive,
colhi as demências concebidas,
os desejos sussurrados...
juntei a água vertida,
armazenei em blocos
de neve as lembranças,
os segredos, o encanto...
horas-séculos,
cuido para que a neve
não se derreta, sim,
conserve a paixão comprimida...