Ânsia
Estendo as mãos a procurar na vida
alguma coisa que me encha o peito
Cheia de pó, estou eu. Num mar desfeito
anda a boiar a minha perdida!
Quis um dia chamar oiro à poeira
e nuvens brancas à cor da noite escura
Deus castigou-me transformando em tortura
o grande sonho da minha vida inteira
Qual pedinte esmolando um caminho
estendo as mãos a procurar em vão
a caridade no íngreme caminho...
Eu busco também nos mil lugares do mundo
um ideal de luz e de razão
mais sublime, mais divino, mais profundo!
Maria Helena Amaro
13/08/1955
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2015/05/ansia.html
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