Oh quão velada e sofrida é tua vida, Oh Princesa Escrava!
Do seu cativeiro intransponível és amiga da melancolia.
Da causa que se espalha, murmuram de ti.
De tanto zelo teu coração tornou se escravo, escravo do amor vindouro calado e mudo.
Carrega dentro de si o calor da paixão não sabida, o gosto em sua boca do beijo ainda não nascido.
E suas noites ainda continuam tão cinzas.
O tremor lhe consome na penumbra,
a chama arde em seu corpo sedento e febril.
E nas noites da Rainha Lua, tu exibes o teu lamento ansioso.
E ao longe toda gente ainda pode lhe rogar pela paz.
Teus delírios invocam, dão forma ao seu amor póstero, um salvador.
Ilusórias sombras são criadas em suas paredes, verte de seu semblante a lágrima sofrida,
na agonia da hora, imploras e clamas pela morte, mas a deusa (Bastet) da tua geração, comoveu se do teu martírio, e disseminou por todo o Egito a fragrância única.
Proferiu as palavras sagradas:
“ Todo homem que aspirar este perfume cairá em sono, mas o escolhido não sucumbirá ao sono, será guiado pelo cheiro aprazível até as portas do teu cativeiro.
Invadirá e tomará para si a Princesa Escrava.”
Nisto toda terra do Egito foi adormecida, nenhum homem adulto foi encontrado em seu labor.
O pânico causado fez o povo entrar em consagração, o sacrifício pela felicidade da Princesa e que o Bem Aventurado fosse logo encontrado e seguisse seu destino hora profetizado.
Após alguns passeios da Rainha Lua, ao Sul surgiu o afortunado, guiado pelo vento, vindo buscar seu prêmio, desfrutar do triunfo.
A Princesa antes angustiada, já sabe da notícia, e cada minuto torna se uma eterna aflição.
Nas portas da Fortaleza está o galante ávido em subir pelas escadas e reclamar seu galardão.
E ao romper a porta do confinamento, há o encontro mágico, olhos se fitam mãos se aproximam, e finalmente lábios se reconhecem.
E num abraço perdurável toda a magia da tristeza foi desfeita
O povo adormecido foi despertado
E todo o Reino foi de Paz e Graça.
By Edy
Editado ( Edy@)