Luso-Poemas
 
Poemas : 

••• (II)

 
Poemas sem título. Existe sempre um lugar onde se podem respirar as vozes que se libertam de par em par ou como escreveu Herberto Helder “la poesie, c’est quand le quotidien devient extraordinaire” (a poesia, é quando o quotidiano se torna extraordinário), simples onde tudo parece complicado. Que seja.
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há um lugar transitório onde sossegas os ventos desassossegando-me
o caminho das pedras que respiram lavas

pulsações que se espalham por chãos de areia
criando montes e montanhas. Nunca entendi a circulação do sangue

os anzóis engolidos pelo mar
o espaço que ocupo no teu corpo pelo tacto

espalhando aromas
ar
fogo
nascentes
caos instante e hausto

entre o que foram as nossas bocas hóspedes
o sabor confuso como o das palavras infantis. Fotografias resistem

nos quadros
às paredes onde estão crucificadas
preto e branco embaciam-se mas estão lá
decorando a memória

estás à janela rasgando o dia e os trabalhos do mundo
as orquídeas paradas
um buda de jade sorri-te.


(Ricardo Pocinho)


"Floriram por engano as rosas bravas
No inverno:veio o vento desfolha las..."
(Camilo Pessanha)

http://ricardopocinho.blogspot.com/
ricardopocinho@hotmail.com

 
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Transversal
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Tento te ver por entre vestígios de luz e salpicos de mar ...
Nonnalice, é teu o dia Mundial da Poesia
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2015 07:42  Atualizado: 13/05/2015 07:42
 Re: ••• (II)
dos melhores que escreveste
do melhor que já li

vou
à procura de ainda outras palavras

, se as encontrar

Sorriso que te Sorri

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2015 10:26  Atualizado: 13/05/2015 10:26
 Re: ••• (II)
Prazer enorme ler-te poeta!

Poesia única, em êxtase!

Obrigada pelo momento de leitura tão belo!

Beijos,

*Anggela*

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2015 11:03  Atualizado: 13/05/2015 11:03
 Re: ••• (II)
Cores que se planta em um espaço que as palavras se pintam naquele instantes que o tacto se espalham se ocupando das pulsações dos nascentes aromas.

Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 13/05/2015 11:34  Atualizado: 13/05/2015 11:34
Usuário desde: 06/06/2012
Localidade: Macapá/Amapá - Brasil
Mensagens: 5848
 Re: ••• (II)
"pulsações que se espalham por chãos de areia
criando montes e montanhas. Nunca entendi a circulação do sangue"


o sangue irrigando um corpo pra se manter em pé... fazendo o mesmo percurso sempre...

lá fora tudo parece mais simples e mais bonito.


obrigada, poeta.


bjo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2015 13:49  Atualizado: 13/05/2015 15:52
 Re: ••• (II)
Muito bom um poema destes clareia a mente dos poetas, são versos extraidos na mais pura depuração das letrinhas


Abraços

Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 13/05/2015 14:01  Atualizado: 13/05/2015 14:01
Membro de honra
Usuário desde: 25/09/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3985
 Re: ••• (II)
Que lindo, poeta!
Eu adorei ler!
Um beijinho!


*-*

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2015 16:40  Atualizado: 13/05/2015 16:40
 Re: ••• (II)
Um êxtase ler o que escreves. E tão belas as cores que " pincelas" os teus sentires de Poeta..

Abraço amigo da Maria Valadas.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 13/05/2015 22:44  Atualizado: 13/05/2015 22:44
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: ••• (II)
Transversal
Apreciei a leitura! Beijos!
Janna

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