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O pássaro de fogo
no arcano dois de espadas.
Phenex, das cinzas fumegadas
na vela rosa do meu jogo.
Veio de Vênus
num sibilo de criança.
Voando, com o bico cheio
de poesia e esperança.
Canta para encantar.
Ressucitado, pássaro par.
Negras asas
e cauda cor de sol,
vento de fogo
no meu arrebol.
A fogueira do Phenex
é o incenso que acendo
sobre o selo
antes da noite acabar.
A fumaça são meus pensamentos,
matéria poema queimada
pelo pássaro evocada
ensinando-me a voar.
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