O amor que me deste acabou num instante,
Ele que vindo por entre sinais de demência
Me fez seguir errado sua falsa cadencia,
Colocando no fim a alegria tão distante...
Onde está ele? 0utrora pintou a alma tão brilhante
Em pira de emoção doida e fogosa ardência!
Hoje, tantos sonhos desfeitos sem penitencia,
Com rezas constantes a deuses inconstantes.
Longe de ti, sem saber ao certo quem sou,
Lembro perfeitamente do beijo
Vivido num sonho ou num fantasioso acordar...
Longe de ti, o que de mim restou?
Nada! E é partido que assim me vejo,
Buscando alegria a cada pedaço do sonhar...
Paulo Alves