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Sou poeta vagabundo
que não se chama Raimundo
nem encontrou solução.
Sou latino-americano
sem dinheiro no bolso
mas cheio de esperança no coração.
Meu coração quer guardar o mundo
do fim.
A menos que seja agora
a derradeira hora.
O tempo roda num instante
nas voltas do meu coração.
Coração vagabundo, sem nome,
incansável insone.
Quando for a hora,
mesmo que a derradeira,
há de ser tudo que eu queira,
mais vasto que qualquer não.
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