Falam, desfilam e nada dizem,
forçam o ruim no belo,
acordados, se adormecidos sofrem
dores de cotovelo sem pelo.
Tecem rancor afogueado de injúria,
nos dedinhos, o vermelho morto
que passeiam corados de incúria
nas bordas do site que oferto.
Salpicam embuste na verdade
pra verdade das palavras denegrir,
na luta inútil pintada de inverdade.
Casa cheia, ideias se multiplicam,
se o embuste à porta ficar,
progresso vinca a verdade e purificam
poetas ou profetas que aqui andam.
Adelino Gomes-nhaca
Adelino Gomes