Quisera este destino
trazer-te pra mim
descortinando plenos
sentimentos entrelaçados
entre aqueles versos
vagos
abraçados em labirintos soerguidos
na veloz existência
onde vivemos intensos
destronando até aqueles ciúmes
inseguros
espaçados
pela leveza distante
das tuas brisas em mim adormecidas
Quero revigorar-te
debruçando-me entre tuas trepadeiras
suspensas nos jardins do amor
transpirando novos versos
humedecidos…dispersos
em cada acto requintadamente livre
de clamores em ti submersos
Dá-me por favor
um cálice de vida imensa
transbordando em minhas ruas
e avenidas
espreitando tuas alegrias escandalosas
Faz-te luz nos meus silêncios
redundantes
Origina-me teus sorrisos
quando brinco entre teus
olhos,
olhando-me suplicantes
trajados de alegrias ofegantes
quando te abraço assim
perdido em requintes
avassaladores e tão contagiantes
Invadirei tuas ânsias
quando me desejas com
olhar mendigo, saboreado
até que desvairado
eu te envenene de mim
e não mais encontre antídoto
que de amor nos liberte
ou da morte por fim em ti
toda a vida jaz inerte
A poesia
é como
abrir cada dia meus olhos
e abrilhantar-te o sol
com acrobacias tingidas
de esperança
é como
convencer cada sentença descrita
nas leis do amor
deixando-te em estado de graça
semeando nos ventos
palavras inalienáveis escapulindo
sem temor
Assim que me estendas
livre
tuas alegrias pousando
meticulosas
em corações coniventes
jorrando ditosos elogios
incondicionais
perecendo depois cúmplices
sem arrependimentos ocultos
nem detalhes reflectindo esparsos
gestos quando de ti me consumo
se possivel… até ao fim do mundo
FC - ao amor