Abrigo-me da chuva,
resguardo-me nos umbrais,
a porta está fechada...
bato pedindo abrigo,
já fui homem, já fui mendigo,
agora sou vendedor de sonhos!
Dos sonhos que vendo a mim mesmo.
Abrigo-me da chuva
e aconchego a Alma molhada,
um sonho voa, em debandada
e eu bato na porta fechada,
-Vendo sonhos, a troco de nada!!
Os sonhos que vendo a mim mesmo.
Abrigo-me,
nos umbrais da porta fechada,
com os sonhos e as Palavras.
Arde a fogueira na tristeza,
fraqueja o Sol na alvorada,
vendo sonhos, a mim mesmo
e troco as dores por Palavras.
Queimo o dia, entardecido,
bato na porta, peço abrigo,
aninho-me em Ti, livre de perigo
e limpo as lágrimas dos umbrais!
E vendo sonhos!
Vendo sonhos, uma vez mais!
Andy