Entreguem-me matéria para laborar
Farei com as mãos tudo
O que a alma, contém dentro…
Dêem-me as ferramentas
que ideias não faltam
no corpo, que veste esta alma louca…
De aventura em aventura
fica mais madura,
num passado imperfeito
como quem vence o espaço
a fintar o futuro,
sem enganos nem segredos…
Um baile de caminhadas
nos pingos da chuva a dançar
histórias para recordar e partilhar…
Com o olhar voltado ao céu
a pedir luz
enquanto não há amanhã…
Quando uma nuvem se instala,
dou os joelhos ao silêncio do chão
num sussurro, que apenas escuta
quem me sabe sentimento…
Guardo a imagem na mensagem
que desce até ao mundo,
num rio de azul que nunca cai...
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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