Entre os trapos e fiapos costuro o meu coração vazio e desbotado,
A depressão vem como consequência do amor,
A dor é cada vez mais forte em meu peito...
Afinal, este é o meu fim ou apenas o seu começo?...
O sangue escorre por entre os rabiscos em minha pele,
O vento gélido corta minha face desfigurada,
A loucura é tida como a sanidade de minha alma,
E os meus gritos já não são escutados por mais ninguém.
O sofrimento ronda-me, e de meus olhos jorram o vazio.
Minha nascente secou há muito tempo atrás,
Busco a ajuda das lágrimas das nuvens... Mas até elas me esqueceram,
Busco a ajuda do tempo... Mas ele pediu-me para esperar.
Sozinho...
Noite obscura consuma-me,
Leve-me desta existência fúnebre,
Pegue todo este meu desespero,
E deixe-me livre...
Silencio-me...
(Niaxe Augusto)