Jornada final
Paulo Gondim
02/05/2015
Há que se purgar a dor inglória
Do que foste em vida, não agora
Pois já se fez o final dessa história
Do que colheste e foi jogado fora
O tédio, a solidão, o desencanto
Foram tuas marcas constantes
Cicatrizes fundas de teu pranto
Derramado por vários instantes
E no acerto da jornada final
Pouco importa agora teres sorte
Ouvirás um riso torto e fatal
No abraço que te darás a morte
Paulo Gondim