Reviro minhas lembranças
Procurando um não sei o quê...
Poesias perdidas,
Amores derramados,
Escorridos por entre meus dedos.
Chega dar medo!
Encontrar meus tesouros,
Soterrados, esquecidos,
Como que sem valor.
Mas é sempre amor,
É sempre poesia...
Dane-se o tempo,
Ainda os tenho dentro,
E jamais se esfria.
Se vão os anos,
As perdas, os planos,
Mas as rimas ficam...
De mãos dadas com as paixões,
Não mais que ilusões,
Apenas versos,
No meu peito imersos.