O "Passinho" (nada haver com pernas curtas) era um excelente pescador e, como todo bom pescador, nunca faltou com a verdade. Na pescaria não conheci mais ninguém com tamanha habilidade! Só com o puxão da vara ele era capaz de saber com precisão o tamanho do peixe, o peso, qual a espécie e, ainda, até se o peixe era macho ou fêmea! (Mas só arriscava dizer quando o peixe escapava). Essa é uma das histórias que ele contava, e podem acreditar! Tanto que dou meu aval: se existir um mínimo de mentira que seja nessa história, Deus pode me castigar! Não quero nunca mais ver minha sogra!
Contava que certa vez foi pescar num rio ali da região, era noite, disse que estava meio estressado e resolveu ir sozinho, algo que era acostumado fazer. Chegou na beira do barranco, estava bastante escuro, sentou numa pedra grande que viu e foi logo empolgado arremessando a isca. Mas o tempo foi passando, passando... e nada de peixe! Já cansado, mas disposto a não voltar "sapateiro", cravou a vara no barranco.... cruzou os braços... foi aos poucos baixando a cabeça... e na espera acabou pegando no sono.
Quando acordou levou um baita susto! Estava tudo claro, o rio tinha sumido, não sabia onde estava! Percebeu que estava no meio de uma mata, mas não tinha a menor ideia de como foi parar ali. Ainda sentado, notou os riscos das botas marcando o chão, como se tivesse sido arrastado. Levantou e foi quando notou... Não tinha sentado numa pedra, mas numa tartaruga!
Por sorte, tinha o rastro marcando o caminho de volta...
O pior foi ter voltar mais de quinze quilómetros!
Bom que ainda deu tempo dele pegar um mandi de 8kg.
E é a mais pura verdade!!!
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