Estava a escrever um poema
que se interrompeu
pelo ruído dos povos…
Esqueci as palavras
e os sentidos que nunca são iguais…
Partiu assim o poema
levou com ele numa asa o aroma…
Pediu-me que lhe escondesse o medo,
já não quer ver a luz
nem o cais de embarque…
Deixei o poema não havia tema!
Abracei-o com o olhar
beijei-o a sonhar
nos desiguais gestos
roubados nos umbrais
onde os ninhos são os lares
das andorinhas, que regressam sempre!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...