Como eu queria ser o vento !
Desenhar a liberdade no contorno dos rostos
Dançar nos cabelos até desordenar o compasso
Cada madeixa sacudir até os olhos vendar
Levantar as saias,voar o chapéu até ao infinito céu
Transportar fragrâncias até o mais exigente olfacto saciar
Escrever por aí em cada detalhe da natureza
Soprar a melodia até à mais desiludida alma vazia
Quem me dera ser o vento
Propagar a liberdade até ao mais ínfimo recanto !
ana silvestre