Poemas : 

DA IGNORÂNCIA! UM LATIFÚNDIO.

 

“Não tente me invadir pela rede de esgoto, a minha entrada principal vos será menos mal cheirosa, e costuma ser receptiva”.
MJ.

Sonhei com as tuas entranhas, cheguei a sentir o teu hálito,
Mas vomitastes teus rompantes, fizeste de mim um descarte,
Desfazendo o que fostes antes, como fosse um elefante,
Pisoteando a um carrapato, precisei manter o recato,
E segurar minha compostura, tu fostes à pior criatura,
A quem servi no meu prato.
Mas a vida é água e fogo, e cada um tem seu papel,
O fogo aquece nosso frio, a água nos lava o fel,
Alem de matar-nos a sede, são os mistérios do céu,
E cada um vai aprendendo, conforme vai padecendo,
Como adequar-se ao seu papel, depois de penar bastante,
Dar amor sem receber, ser condenada a sofrer, por conta de um menestrel,
Que te fazia lindas poesias, mas eram falsas as alegrias,
Que vinham do impostor, que dizia te amar, mas vivia a te castrar
Das relações com o mundo, um ciúme doentio de um tremendo imbecil,
Da ignorância! um latifúndio.


Enviado por Miguel Jacó em 25/04/2015
Código do texto: T5219653
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Miguel Jacó

 
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Migueljaco
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/04/2015 16:25  Atualizado: 25/04/2015 16:25
 Re: DA IGNORÂNCIA! UM LATIFÚNDIO.
Seu talento é nato meu caro, que dizer? Nada, só apreciar

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 25/04/2015 18:23  Atualizado: 25/04/2015 18:23
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8483
 Re: DA IGNORÂNCIA! UM LATIFÚNDIO.
A ingratidão de braços dados com a indiferença, o mundo sucumbirá se não nos apressarmos em separar essa união.
Adorei a leitura, parabéns poeta Miguel.
abs
upanhaca

Enviado por Tópico
Eureka
Publicado: 25/04/2015 18:53  Atualizado: 25/04/2015 18:53
Membro de honra
Usuário desde: 01/10/2011
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4297
 Re: DA IGNORÂNCIA! UM LATIFÚNDIO.
Olá Miguel

Adorei este teu poema, todo ele uma labareda audaz e inteligente, tecido de forma deliciosa com palavras frias e directas que o enriquecem muito.

Um encadear de ideias com o preto no branco, a presentear-nos brilhantemente.
Parabéns, gostei imenso desta tua poesia.
Abraços

Eureka