Talvez um dia o meu corpo seja terra,
Simples fragmentos de uma carne que deixou de o ser.
Serei o esquecimento de tudo o que fui e de tudo o que sonhei,
Serei o que não vi e o que deixei de conhecer
(na lembrança do esquecimento que passo... a abraçar).
Talvez um dia os ventos deixem de tocar o meu rosto e eu...
Eu ainda exposta - serei a saudade que me marcou a pele.
Talvez um dia viva o desassossego de tudo o que não vivi,
Pensando viver por completo - esta vida.
Serei eu a partida ou a vontade de ficar aqui?
Talvez um dia seja o meu fim, o final de tudo o que escrevo,
Das palavras em que me entrego - ou então... o vazio.
Serei o nascer de um rio, que se revolta num mar de desejo,
Entregue às promessas de um amor imortal - vivo, em esperança.
Talvez um dia seja apenas uma dança, uma melodia inacabada,
Errada e errante - como o ser que sou - ao ser mulher...
Talvez um dia venha e não fique mais (em mim e no que conheço),
Torne-me eu num descomeço que... mesmo assim,
Amar-te-ei para além de todo este fim.
Amar-te-ei, ETERNAMENTE!
heterónimos meus :
reverso.de.roma , Felizbela , pisadadelágrima , kikofalcão , almo+in+fieri , joymel , estou-phula , rezões , Vírus , AlferedoQuinas , núcego , manuelavaz , tenebrisaqua , Ab.imo.pectore , Índio.ta , laivo´´de..asa , lusaslave , Cat...