Adeus
As armadilhas de um coração
Que transforma a vida em verso,
São os retoques inevitáveis,
Os adornos improváveis.
Aguar o solo árido,
Fazer florescer entre as pedras,
Reconstruir dos escombros.
Colar caquinhos miúdos,
E emendar retalhos
Do que já é farelo.
Brincar de consertar tudo,
De reciclar o próprio mundo,
Reinventar o dia e a noite.
Ver a beleza por trás do adeus.
Não, isso já é demais...
Não há beleza no adeus.