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MEUS DIAS...

 
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Minha face não é mais a mesma
Traços de sonhos e pegadas
Rabiscos de sóis e de chuvas
Um raio de luz que vislumbra o futuro
Caíram-se algumas raízes
E meu interior
Resgata o refém de minha alegria
Andei caminhos que não encontrei o que era bom
Iludiram-me quando achei era feliz
Não viram que eu cresci
Que homem se esquiva das lutas
E que derramo lágrimas num boteco com meu violão
Um pé de cachaça quem acha
Que já se pode compreender
A covardia dos boêmios
Sou feliz assim
Esqueceram de me dizer
Que nem sempre a gente conquista uma guerra
E que a vitória nos custa muitas vidas
Nem tudo o que desejei foi o melhor
E agora escondo o fruto
De uma angustia que me cala
Uma palavra que desaparece
Entre os dias e as noites
Com minhas mãos escrevo a história dos meus dias
E durmo com esse corpo
Que não é mais o mesmo...


"Há poemas ininteligíveis nos seus elementos, porque só o poeta tem a chave que o explica; mas a explicação não é necessária para que pessoas dotadas de sensibilidade poética penetrem na intenção essencial dos versos"
Manuel Bandeira

 
Autor
Willian Figueiredo
 
Texto
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/02/2008 23:00  Atualizado: 10/02/2008 23:00
 Re: MEUS DIAS...
Poema compacto, que o torna de difícil leitura, árduo para a percepção correcta da sua mensagem. Trata-se, todavia, de um texto de rico conteúdo e grande instinto poético.

h@p

Enviado por Tópico
*butterfly*
Publicado: 14/02/2008 14:56  Atualizado: 14/02/2008 14:56
Muito Participativo
Usuário desde: 30/11/2007
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Mensagens: 84
 Re: MEUS DIAS...
A vida aos poucos vai nos transformando, nos tirando coisas e nos dando outras nem sempre desejadas... é o preço que se paga por estar vivo... E vemos a vida passar por nós, calados, angustiados, escrevendo para não enlouquecermos...

Mto bom seu texto, bjos, Butterfly