Habito nas tuas mãos de silêncio
Onde o vento me despe de saudade
E dissimula a Dor de Maio em flor
Habito no musgo das paredes brancas
Quando o odor dos teus braços que me recolhe
Insensato.
Habito nos lábios da noite que me trazem pela mão
A criança saltitanto em redor do chafariz do Largo,
E o riso dos amantes de braço dado.
Habito nesse teu segredo.
© Célia Moura
© Célia Moura (a publicar)