Paulinho, meu querido primo, maravilhosos
foram todos os meus dias passados contigo
entre a ternura, sem termos maliciosos,
e o amor tão cândido, numa mão de amigo.
Por onde passaste a nós o que era tão teu:
nesse corpo franzino, a alma gentia -
e prevalecia, de teu carinho, o que dizias de meu:
que embevecido, às vezes, por ti temia.
Partiste; e nem tempo restou, para me despedir!
Daquele sorriso tão generoso - teu bem-querer
que era de todos, por igual, como de um jardim a florir.
Hoje, a flor feneceu! Ecoou lá longe a lembrança
- como que de uma dúctil e suave brisa, a jamais esquecer -
que nos disse: lá vai ela, a doce e eterna criança!
Jorge Humberto
17/04/15