Não me abandones.
Não me abandones, por favor.
Não saberia por onde prosseguir sem ti.
Não encontrarei caminho se tu não estás.
Não me abandones, não agora que chegamos até aqui.
Não o faças nunca, não deixes de estar quando não encontrar mais forças,
não desapareças quando mais te preciso,
permanece em mim segurando-me.
Não me deixes cair em tristeza e desilusão.
Segura a minha esperança e mantém verde e azul meu olhar sobre o Mundo.
Preciso de ti como de pão para a boca e de conhecimento e poesia para a alma.
Preciso de ti para garantir o sucesso das estratégias, para atingir resultados, para superar metas.
Tens que estar para que ultrapasse obstáculos, vença batalhas, saia vitoriosa de guerras.
Necessito que acompanhes o meu percurso pois sem ti este não fará sentido.
Quero que estejas no fim do arco iris quando finalmente possa recolher o pote, e deixar o ouro para quem mais necessite dele, porque eu ter-te-ei a ti, e com o atingir do pote dar-me-ei por satisfeita.
Porque eu sou assim, sempre prescindo do ouro em favor dos demais que o precisem.
Enquanto te tenha, esse de qualquer forma não será problema, pois não?
Enquanto em mim te mantenhas meu caminhar se fará mais leve mas simultaneamente determinado, mais calmo mas também mais objetivo.
Das fraquezas farei forças se tu estiveres.
As ameaças transformarei em oportunidades se não me abandonares.
Com as pedras no caminho não construirei castelos, mas usarei como patelas para jogos de macaca em chãos de lousa desenhados a giz branco, onde crianças felizes construirão palácios que vivem em sonhos coloridos e serenos.
E não mais choraremos tristezas, a morte, a doença, os maltratos, a perda, a fome, a praga, o terrorismo, a calamidade, sem olharmos em frente para novos horizontes, esforçando-nos por fazer melhores amanhãs, para nós, para os outros, para todos.
Estas ideias tu me trazes sabes?
Não fosses tu e estaria a falar de sentimentos umbilicais não atingindo carater universalista com o que escrevo.
Não estaria certamente a chegar a tantos por tantas partes do Mundo.
Não fosse por ti e nada disto me faria sentido.
Mas na verdade, apesar de não rezar a Deus, a não ser em raras e desesperadas ocasiões, não te posso perder a ti, que sempre me acompanhaste até quando eu própria te abandonei, FÉ!...