Poemas : 

Princesa acordada pelas mãos sábias

 
Princesa acordada pelas mãos sábias
 
Princesa, foste acordada pelas mãos sábias
Que do teu ventre mãe, nasceram despertas
Pra te pôr na onda das descobertas
Dos mundos que partem à procura das insígnias

Levanta-te, vista trajes da tua riqueza
E vá na onda do desenvolvimento,
É urgente tumular desencantos
Que te aliciam a sonos carregados da incerteza

Sinta o bafo quente da tua gente hospedeira,
O cheiro a terra molhada das bolanhas
Reclama de ti, aventais de parideira
Pra que no chão bajuda, nasçam farturas

Escute o canto alegre dos rios
Que de braços dados com o mar
Vêm ter a tua maternidade secular
Pra nados vivos entregar

Nas terras longínquas da tua geração
Mostraste tua barriguinha moça
E foste medicada pra que bem corra o parto
Nas maternidades da tua independência

Urge cuidar-se e parir aos poucos
Pra se livrar da madrinha pressa
Inimiga de progressos pensados
E fada mestra de partos adiados

Pra tua barriga menina se livrar de socos
Dos nados vivos que a vinda ao mundo clama,
Exija pra que seja velada e perpetuada flama
Nas maternidades de partos adiados

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
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Upanhaca
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/04/2015 08:40  Atualizado: 18/04/2015 08:40
 Re: Princesa acordada pelas mãos sábias
Muito bom,parabéns!


Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 18/04/2015 09:02  Atualizado: 18/04/2015 09:02
Membro de honra
Usuário desde: 25/09/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 3985
 Re: Princesa acordada pelas mãos sábias
Forte,intenso, poeta!
Muito bom!
Um beijinho!


*-*


Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 18/04/2015 12:46  Atualizado: 18/04/2015 12:46
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Princesa acordada pelas mãos sábias
Bom dia Adelino nesta natureza tudo tem seu tempo de maturação, e somente depois de pronto para o evento em questão, é que um corpo qualquer pode se debruçar sobre suas prioridade, e parece ser isto que ocorre neste momento com a nossa judiada nação, parabéns pelo redundante poema, um abraço, MJ.