Luso-Poemas
 
Poemas : 

Infortúnio

 
Secretos pedidos eu trago nos olhos
Amargos de saudade;
Clamores aflitos que não escutas,
Absorto que estás no orgulho farto
Com que a vida te cega.
Choro lamentos que me escapam, frouxos,
D’alma transtornada e fria.
Faço com que se demorem meus passos
Em caminhos de perda,
Em trilhas de desencontros,
Em atalhos de nunca chegar.
Nas minhas as tuas mãos,
Riqueza que não provarei.
Teu silêncio acariciando
O infortúnio meu que é amar-te,
Eu ouço enquanto durmo
E me lembro que um dia vi no teu sorriso
O esboço de um homem que me amaria,
Consolo único à desventura
De não saber-te nunca
E ainda assim viver.


 
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Amora
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Enviado por Tópico
Pedra Filosofal
Publicado: 10/02/2008 11:32  Atualizado: 10/02/2008 11:32
Colaborador
Usuário desde: 17/09/2007
Localidade: Barreiro
Mensagens: 1273
 Re: Infortúnio
Bem vinda ao nosso cantinho de cultura.

Gostei bastante deste infortúnio. Do ponto de vista literário, claro.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/02/2008 17:01  Atualizado: 12/02/2008 17:01
 Re: Infortúnio
Dramático poema, mas requintado, o poeta deve ser assim, cantar suas angústias e transformálas em poesia, pois assim a poesia soará feito bálsamo não só para aclamar o eu-lírico, mas para também amainar a sede do leitor.
Parabéns, Godi.

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