Depois de apreender a noite
vasta de estrelas
e sem lua vai adentrando
na floresta, o nativo caçador.
Feito espírito, deixa os pés
tocarem o chão como uma folha caindo.
Reconhece ser em vão
seguir como um vulto.
A mata está sempre desperta
estalando galhos,
farfalhando ramas,
soltando esporadicamente
pios sonolentos
e uivos sombrios.
Se entranhando nas folhagens,
ele teima prosseguir
como sombra
pactuando com as estampas
noturnas de mistérios.
A névoa contorna sua pausa
quando ele espreita
o vento pra saber, da
da caça, o movimento;
desculpa que utiliza
para no meio interagir.