Poemas : 

" O Corvo"

 
Um grito quebra o silêncio noturno
Profecias das cartas marcadas de tarô
Muito mais velhas que meu velho avô
Amadurecendo no retorno de Saturno.

Fico quieto, sisudo, um tanto taciturno.
Ouso um grito também. Ecoa: Alô, alô...
Vultos fulvos movimentam um bibelô
Que enfeita um móvel antigo e soturno.

Venta um vento que me assusta e assombra
Como me arrepia o piscar das luzes na rua
O que me causa certa melancolia e estorvo.

"Vinde a mim sinistra e estranha sombra"...
Uma nuvem escura esconde a luz fria da lua
Lembra-me Allan De Poe no poema " O Corvo".


Gyl Ferrys

 
Autor
Gyl
Autor
 
Texto
Data
Leituras
696
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
14 pontos
2
2
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
luisroggia
Publicado: 15/04/2015 10:48  Atualizado: 15/04/2015 10:48
Colaborador
Usuário desde: 12/01/2011
Localidade: Joinville - SC
Mensagens: 2639
 Re: " O Corvo"
Olá amigo Gyl.

Gosto demais de vir aqui ler-te, teus poemas e sonetos são muito bem elaborados, com um vocabulário enriquecido e que remete-nos a cada verso que tu compõe.

Parabéns grande poeta.

Um grande abraço.