São apenas fragmentos... Cacos de um amor, Que mora há tanto tempo, Que sopra e já faz vento, Que chora um desalento. E que colando, se faz inteiro, Mas o tempo, menino ligeiro, Vai apagando, sorrateiro, Fica a saudade, um tormento. Pobre tempo que tudo apaga, As desilusões, dores e mágoas, Até o meu pranto, que deságua, Pela ausência que lamento. Mas tenho no tempo um amigo, Que um dia levará consigo, Este amor, que de tão antigo, Já se vestiu de sofrimento.