Antigo
São apenas fragmentos...
Cacos de um amor,
Que mora há tanto tempo,
Que sopra e já faz vento,
Que chora um desalento.
E que colando, se faz inteiro,
Mas o tempo, menino ligeiro,
Vai apagando, sorrateiro,
Fica a saudade, um tormento.
Pobre tempo que tudo apaga,
As desilusões, dores e mágoas,
Até o meu pranto, que deságua,
Pela ausência que lamento.
Mas tenho no tempo um amigo,
Que um dia levará consigo,
Este amor, que de tão antigo,
Já se vestiu de sofrimento.