Quero escrever a palavra amor
sem que a escreva com a normalidade
ou a vulgaridade, como a humanidade a faz crer…
Quero fazer um poema
sem saber, se será um bom poema
sei que o quero escrever…
Moldar a página em branco,
preenche-la da minha emoção
por mera devoção e esperança
que a palavra amor seja
aquilo que é em mim…sem poema!
Não quero inventar o amor
nem mesmo a forma de o dizer,
quero abraçar o amor num efeito
calado, que diz mais
que as letras juntas podem dizer…
Assusta-me a normalidade e vulgaridade
com que os poemas falam de amor
sem nada dizerem…ou acrescentarem…
Quero escrever o amor!
Concluo que o amor não se pode escrever
não há formula para o fazer descansar…
Amor é um gesto,
um ato que não se escreve, nem se aprisiona
solta-se como o vento da natureza
a beijar os rostos, de quem o sabe receber!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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