Meus olhos se perdem no espaço
Que ocupas, tão empoada beleza!
Se acham na vanguarda da certeza
Que sempre seguirão cada teu paço...
Olhos vagados sem ti, solene compasso
Que resguarda as memórias à gentileza
De findas quimeras, olhos que na incerteza
Se perdem em tudo o que sem ti faço...
Olhos que balbuciam todos os segredos!
Mesmo os mais íntimos onde carrego os medos.
Noites que passo sem ti e durmo de luz acesa...
Olhos simplesmente vagados!
Foste o maior dos meus maiores achados.
Luz de quimera finda, mas em mim ilesa.
Paulo Alves