I
Nasci do quente Alentejo
numa tarde em dia vão
Primavera, um só beijo
que estas gentes me dão.
II
Minha Terra altaneira
povoada a solidão
numa esperança derradeira
de chegar ao coração.
III
Um rebanho pelo campo
adormece a minha dor
escuta ao longe este meu canto
pela calma ao sol-pôr.
Referão
Ai Alentejo, meu chão
minha Terra, meu clamor
que me rasga o coração
como o grito de um Pastor.
Hoje levo no regaço
tua imagem que não vejo
doce brisa, um abraço
do meu quente Alentejo.
Ricardo Maria Louro
em Evora
Ricardo Maria Louro