Amor, ódio, é imensa a disputa,
Se por amor, o peito tanto dói!
Por ódio a alma se auto-destrói,
Será sempre penosa esta luta.
Ódio, amor, o coração ainda reluta,
Por entre a ferida que sempre corrói
Os sentidos... O vazio criado mói
Sonhos com uma força negra e bruta.
Esperança nalguma luz que não veio,
Somente as mesmas dúvidas ou anseio
Seguindo embriagáveis variantes sem tino
Que tentam devolver esperança em acreditar
Que é o ódio e o amor que vai moldar
A essência do ser humano e seu destino..
Paulo Alves