Há rosas pelas margens de Lisboa
regadas p'los olhares dos amantes,
desfolhaste o nosso Amor, porque o magoas,
já não quero que regresses como dantes.
E o Tejo é testemunha da promessa
que hoje faço frente à minha solidão
não esperes meu amor que eu te peça
que voltes para mim teu coração.
Não voltes, meu amor, não quero que voltes,
fica alegre junto àquele que escolheste,
não tornes, meu amor, não quero que tornes,
secou aquela rosa que me deste.
Ficou a nossa rosa junto ao Tejo
pelas margens de Lisboa, já cansada,
foi o eco do silêncio do teu beijo
que secou a nossa rosa desfolhada.
Ricardo Maria Louro
Repertório de Jorge Fernando
Ricardo Maria Louro