Perco-me por entre cada sentido,
Amo, odeio,
Me odeiam me amam...
E num momento estou triste, noutro feliz...
Encho-me de solidão,
Mesmo entre gente na multidão,
Falo a verdade, a mentira
Tudo em simultâneo...
Não me dou muito bem
Com tantas dúvidas, incertezas,
Queria tudo entender ou talvez tudo esquecer
E do zero recomeçar....
Talvez amanhã o dia seja mais risonho,
O destino se apresente mais colorido...
Talvez num próximo amanhã,
Eu siga viagem...
Até onde quero, bem ao interior de ser eu,
E encontre algo que me alivie todas as dúvidas.
Tenho tantas, oh! se tenho
Sempre as mesmas, tão frequentes....
Serei mais sentimental, do que aquilo que me descrevo?
Serei gênio ou louco?
Carregarei comigo apenas ideias geniais de loucura,
Ou penas loucuras geniais, em amarrotados ideais...
Sobre a sobriedade ébria das vontades ?É difícil medir-me,
Não existe fita métrica, para medir emoções,
Para medir a carência da alma.
E enquanto isso bato no fundo...
Do firmamento, ingenuidade que me fez entrar em conflito
Comigo próprio e comigo mesmo.
E choro e rio, ora um silêncio ensurdecedor,
Ora um sossego desassossegado...
E rio e choro, os sonhos morrem
Quando acordo, será que sonho? Não lembro...
Divorcio-me de tudo o que sei, de tudo o que dei,
De tudo o que sou...
Nada em mim sinto como meu,nada como meu em mim pressinto.
O que sei, não se torna sabedoria, o que penso, não vira pensamento,
O que sinto, NADA!!! Uma breve existência
Que amorosa, não se torna notória...
Por entre ilusões, lapsos conscientes
De fantasmagóricas memórias
Revejo-me viúvo de quem verdadeiramente fui...
Apartei-me de ser eu, com medo da dor,
Da tristeza, da solidão,
E hoje não sei de mim!
Paulo Alves
Sinceramente não sei porque apagaram o poema, não vejo erotismo nenhum por aqui... Se estiver errado, desculpem...