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Era um lobo apaixonado
pela arte de uivar.
Vivia lá no cerrado
sob alcunha de guará.
Calçou meias pretas,
pintou os olhos
e saiu pra passear.
Nem raposa, nem cachorro.
Lobo, solitário, guará.
Sabia uivar e latir
o tal canídeo vulgar.
Latia para cumprir,
uivava para sorrir,
a benção sina de ser guará.
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