Deus alheio vejo-me escasso
Nas mãos que carrego
Carrego-me,
sentindo
Que peso este
Que lavra de calos
Indefinindo as minhas mãos.
Deus alheio e inexistente
Como o futuro de tanta gente
E ainda assim mistérios
De como acreditar
O deuS de si suplantando
Deus é deuS e justifica
Quando convém justificar.
Deus terrível deus cai
Das montanhas da ilusão
O seu manto de penumbra
A morte humana apenas
Como se ser humano
Fosse ser mais.