“Havia um sabor em ti, ao qual não experimentei, mas agora digo aqui, é um fato eu falhei, e hoje já sem aroma, este sabor me embroma, não existe mais eu sei”.
MJ.
O amor se desfaz vira fumaça,
Mas nos deixa no peito grande vazio,
É como fosse um embriago de cachaça,
Que impede o andarilho andar nos trilhos.
Tu alegas não ter fim o que não houve,
Mas tivestes em teu peito o meu calor,
Mesmo sabendo que de ti nada resolvo,
Foi um encontro que as nossas vidas marcaram.
Parece fácil imputar tudo ao destino,
Mas nosso coito foi ativo e visceral,
Por muita sorte não nasceu nem um menino,
Pois foram dias de intensos carnavais.
Fui consumido por desavenças destrutivas,
Tu me disseste podes ir não volte mais,
Peguei a estrada dei outro norte a minha vida,
E as tuas lembranças para mim, já tanto faz.
Sabes de mim pelos meios disponíveis,
Nem uma vírgula me dedicastes nunca mais,
És-me uma brasa em carvão sempre ativa,
Tuas salivas me excitam e me compraz,
Sonho contigo e meu viver fica a deriva.
Enviado por Miguel Jacó em 02/04/2015
Reeditado em 02/04/2015
Código do texto: T5192623
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Miguel Jacó