Visto-me confortavelmente de espírito humano doente,
De projetil balístico que despiedoso mata, mutila….
Visto-me de rolo compressor para abrir caminhos
Aos meus objetivos, atropelando tudo e todos
Visto-me de impudor, de atitudes antiéticas
Para ultrapassar todas as fronteiras e limites
Que sobrepõem aos meus vorazes desejos….
Visto-me de idolatria, euforia da conquista,
do momento vazio ambicioso
De sempre querer mais, mais e mais….
Visto-me de crueldade, prepotência
E saio para me aproveitar da fragilidade dos mais fracos,
Nesse estado de altiva arrogância fria,
Egocentrismo, na rudez do caráter destrutivo….
Vestida assim desonestamente para desconstrução
Da moral, da politica, burlar as leis, a fé pública
Matar de exclusão, de desfavorecimento,
De inanição dos direitos….
Por fim, impregnada de egoismo
Exausta, mas, não arrependida
Insaciável até a autodestruição
Visto-me da elegante Urna Fúnebre
Repleta de imaginárias gavetas.
Lufague