PELA VÁRZEA
Se falarmos de amor, falemos baixo.
Não inquietem às flores nossos ais,
Tampouco às borboletas matinais,
Que ainda esvoaçam vãs na várzea abaixo.
Não cuides se me encontro cabisbaixo
Em face de teus olhos tão iguais.
Apenas sinto que eu senti demais
Todo o tempo em que estive cá embaixo.
Tu, minha linda, desces tão altiva
À campina forrada em sempre-viva
Sem que os mimosos pés toquem o chão.
Logo, por tão gentis; tão delicadas,
Sejam nossas palavras sussurradas
Para que só as ouça o coração.
Betim - 30 03 2015
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.