Quanto tempo perdido quanta ganância,
e a um canto uma criança, que jaz morta no chão;
porque a guerra é darmos importância
a quem vai pela vida sem qualquer tipo de emoção.
Se olharmos para as coisas, com a devida distância,
saberemos separar toda e qualquer desunião;
que o que aqui conta é a irmandade, a indisfarçada elegância
e o quanto formos, com distinta elevação.
O que eram cidades hoje são só países divididos
(o terrorismo tirando proveito do desencontro das gentes),
e nos longínquos desertos – prantos e gemidos
porque a “guerra santa” é indiferente aos sentidos
genuinamente puros, que ainda assim largam suas sementes
quando lhes negam o Arauto, por muitos preteridos.
Jorge Humberto
30/03/15