Por entre corpos mortos num holocausto cai e rebola mais uma cabeça.
Em torno de um castelo os Homens batalham contra os deuses. Guardam um tesouro.
Aparentemente, o mais bem guardado de todos.
Crava-se mais uma seta, rasga a pele e ao embater partem-se costelas, abre o caminho por entre os órgãos. Caem que nem tordos.
Porque foste fugir? Porque te mostras-te? Porque causaste esta guerra?
Ao fundo vejo colegas, camaradas que caem e sucumbem e se entregam à morte que nem loucos.
Porque sim meu amor, lançaste sobre a terra a febre de te querer ter. O Homem não pensa, deixou essa faculdade desde o momento em que te viu.
Cheiro o medo dos seres ao meu lado, ofegantes. Abre-se a escotilha e somos lançados no campo de batalha.
Medo, horror é o que vejo nos olhos dos Homens mortos, mulheres, crianças.
"AVANTE", grita o meu capitão e avançamos de encontro ao fim da vida material, com esperança de que seja agora o momento em que os deuses tombem.
"AMO-TE" é o nosso grito de guerra.