Deita sobre meus sonhos tua busca cansada
Deixa que eu te seja agora um leve navegar
Encerra em mim as dores da estrada
Faz do meu coração tua janela pro mar
Onde, nada mais quero que ser-te calma
N'um refrigério manso do oásis bendito,
Fazer da minha candura abrigo d'alma
E te entregar a vida do peito, meu infinito
Assim, morreremos tu e eu, nasceremos nós
E nessa jornada não estaremos mais sós
Pois, que o que era breu, rendeu-se a luz meu eleito
Na explosão da estrela nasceu o amor perfeito.
Unindo palma à palma, brotando a esperança
D'um futuro que vai além do que a vista alcança
(Rita São Paulo)