O caos em que vive a minha vida
Não se deve nem a sonhos nem amores
Mas sim daquilo que fui ontem
Em contraste do que sou hoje!
Ainda tenho uma vida de sonhos
E ainda vivo uma razão de amores
Mas aquilo que fui e já não sou
É o que me perturba e angustia!
Velho, farto de dias,
Sou uma pálida imagem do que era!
Morreu-se-me a primavera
Em que vivi durante tantos anos
Agora só, Invernos, os que me visto
E a vida que vivo é de desolação
E se me embriaga de dor o coração!
Mas que outra coisa poderia almejar
Se de fartos dias estou a viver
E agora que me apresto a morrer
Só resta lembrar-me da minha canção
Que cantava nos meus tempos de amar!