Sabes o que espero de ti? Amarelos… Amarelo de sol, amarelo de pôr de sol sob o mar, amarelo de casinhas felizes, amarelo de alegria sem fim, amarelo de carinho.
Lembras-te do tempo de nós, que não identificamos claramente, em que julgávamos receber mais sol com janelas amarelas?
Na verdade o brilho saía de dentro, e nós nem dávamos por isso.
Brindávamos a vida com digestivos coloridos todas as noites e… nesse tempo em que aquecidos em lume brando de invernos pouco frios, escaldávamos o espaço de suave odor a amor, tudo nos parecia faiscar amarelos e laranjas em cascata.
Depois extasiados, cozíamos em banho-maria sonhos de melhores amanhãs. E ao nascer do primeiro deles, despertávamos com sóis atrevidos que nos entravam quentes por frinchas de portadas mal fechadas, e nos animavam a acolher a vida com entusiasmo.
Nesse tempo queria estar… contigo.